Após recentes relatos de que vários casos de rompimento de próteses de silicone das marcas PIP, francesa, e Rofil, holandesa, aconteceram no Brasil, o ministro da saúde Alexandre Padilha fez um pronunciamento na ultima sexta feira anunciando que a troca das próteses será realizada pelo SUS ou convênios de forma gratuita e integral, independente da cirurgia para colocação das mesmas ter sido por motivos de estética ou reparadora.
Com este procedimento todas as cirurgias para remoção de próteses rompidas e substituição por uma nova se enquadram como cirurgia reparadora, já que a prótese rompida pode gerar um risco a saúde para as pacientes.
Pacientes já podem procurar hospitais
E nos próximos dias tanto mulheres como travestis que tenham colocado próteses de silicone proibidas de ambas as marcas nos últimos anos devem procurar os serviços de saúde da rede pública ou privada para realizar exames de avaliação das condições da prótese. E serão definidos também nos próximos dias os exames que serão necessários para diagnosticar um possível rompimento das próteses, que poderá ser um exame de imagem ou exame físico.
E as clinicas que implantaram próteses destas marcas também deverão entrar em contato com suas pacientes para uma avaliação clínica da prótese implantada.
Custos com o procedimento de troca
O Governo ainda não tem uma estimativa de quanto irá gastar com a substituição das próteses de silicone, pois ainda não dá para se ter uma estimativa de quantas próteses tenham se rompido e quantas deverão ser substituídas.
Mas a Advocacia Geral da União já esta se mobilizando para analisar a cobrança de indenização por parte das empresas importadoras das próteses aqui no Brasil.
E a ANVISA irá abrir em seu site em cerca de 60 dias uma opção de cadastro, para que pacientes possam relatar problemas apresentados pelas próteses de silicone. E o órgão irá fiscalizar as 17 fábricas de próteses registradas no Brasil, e que ainda não foram vistoriadas, para ver se elas são seguras para utilização. E também serão inspecionados todos os lotes das marcas de próteses importadas que entram no Brasil.
Mas a agencia recomenda que as pacientes não precisam correr para as clínicas, e a avaliação deve ser feita em um primeiro momento nos casos de implantação das próteses destas duas marcas, se as próteses tem mais de 10 anos ou se elas não se lembram de qual a marca utilizada na hora da cirurgia.