Quantas plásticas podem ser feitas no rosto, sem haver o risco de a pessoa ficar “esticada” e “arregalada” artificialmente? Por que essa situação é evidente em algumas pessoas? Toda Medicina é arte aplicada. E tudo o que se faz depende da formação, do conhecimento, da arte de cada cirurgião, e por essas razões não se pode generalizar. Embora cada cirurgião plástico trabalhe dentro de sólidos princípios básicos, o “investimento” é feito primordialmente com suas mãos.
Esticar demais a pele é um erro que pode acontecer. Como em todas as profissões, em Medicina também podem ocorrer erros, mas eles não devem ser freqüentes. É necessário criar todas as condições necessárias para que eles sejam evitados.
Número de Plásticas x Tipo de Pele
Cada pessoa tem um tipo de pele. As peles com pouca elasticidade são mais velhas e nelas a cirurgia deve ser mais moderada. Quando se pretende “consertar” demais, criam-se situações que não correspondem à normalidade. O correto é prever resultados semelhantes ao natural.
Uma mesma pessoa pode se submeter a várias plásticas no rosto, desde que cada cirurgia seja indicada para determinado tipo de flacidez. Caso o paciente não apresente sinais de flacidez, rugas, não há a necessidade de reintervenção. Se existe uma certa falta de elasticidade em determinados tipos de pele, que se tornam precocemente mais flácidas, pode-se refazer a cirurgia, obedecendo-se aos padrões de normalidade. Não se pode querer aparentar 20 anos quando se tem 50. Uma cirurgia plástica facial tem duração média de 6 a 8 anos. Mas tudo varia. Há pessoas que após 3 anos da cirurgia já podem apresentar sinais de flacidez, e outras depois de 10 anos podem estar muito bem.
Resultado de Plástica Malconduzida
Quando o resultado de uma plástica deixa o paciente com uma aparência “esticada” ou “arregalada”, pode-se considerar que foi uma cirurgia malconduzida ou falsamente avaliada pelo cirurgião, que foi realizada em condições adversas, ou que no decorrer dela tenha acontecido alguma complicação, como hematoma ou retração de tecidos. A Medicina sempre faceia o imponderável.
Contudo, resultados imprevistos são cada dia menos freqüentes. Hoje, o número de cirurgiões bem-formados é muito maior do que no passado, por isso a qualidade da cirurgia plástica de um modo geral é melhor. E quanto menor o número de plásticas no rosto, melhor seu resultado.
Todas as técnicas, dentro de sólidos princípios, atendem muito mais à naturalidade de cada pessoa, não apenas objetivando o “puxar e esticar a pele”.