Sabe quando você esta navegando pela internet ai no conforto de seu quarto, e do nada começa a mexer suas pernas, às vezes por um longo tempo, meio que sem querer; e por mais que se policie esta vontade parece ser mais forte. Fique atenta, você pode esta sofrendo da Síndrome das Pernas Inquietas (SPI).
O que é a Síndrome das Pernas Inquietas
A Síndrome das Pernas Inquietas, ou Síndrome de Ekbom, é um distúrbio neurológico que tem associação com reações diversas na perna. Estes sintomas são descritos pelos pacientes como formigamentos dentro da perna, ou uma coceira nos ossos, ou mesmo como se as pernas quisessem andar sozinhas, entre outros termos mais usados. Independente do nome dado, o fato é que aliado a sensação vem uma enorme vontade de movimentar as pernas, e em alguns casos, até os braços.
Estes movimentos geralmente ocorrem quando o paciente esta em repouso, e tendem a piorar durante a noite, principalmente ao se deitar. Nesta hora dá pra observar movimentos dos dedos dos pés e das pernas de forma involuntária, o que em muitos casos é confundido como nervosismo.
Estes sintomas da SPI podem interferir na hora de dormir, ou mesmo atrapalhar o sono, pois podem ocorrer mesmo quando o paciente esta dormindo, e às vezes acabam fazendo com que ele desperte de seu sono com devido aos pequenos movimentos involuntários, que chegam a durar de 20 a 30 segundos.
Com isso o paciente tem um dia mais cansativo por não ter dormido bem durante a noite, e acabam surgindo sintomas de irritabilidade durante o dia, stress, depressão e uma grande dificuldade de concentração e uso da memória. Esta vontade imensa em mexer as pernas impede também que estas pessoas possam se programar para viagens longas ou algumas atividades de lazer.
O que leva a pessoa a sofrer de SPI
Ainda não se sabe ao certo todos os sintomas que podem levar uma pessoa a sofrer da Síndrome das Pernas Inquietas, mas já é possível relatar algumas das causas a seguir:
• Ela pode ser de causa genética: principalmente quando há casos relatados na família, e neste caso a SPI é chamada de Primária ou Familiar;
• Ela pode ocorrer por outros fatores: e neste caso a SPI é chamada de Secundária. Os sintomas podem ocorrer durante a gravidez em aproximadamente 15% das gestantes, mas acabam desaparecendo por completo após o nascimento de seus bebês; anemias ou um nível baixo de ferro no sangue também podem ser fatores que contribuam para o surgimento da síndrome, e também algumas doenças crônicas podem desencadear o problema. E alguns estudos apontam uma associação entre a Síndrome das Pernas Inquietas aos Transtornos de Hiperatividade e Déficit de Atenção.
Geralmente a doença se manifesta entre pessoas idosas, mas pode ocorrer a partir da infância, principalmente quando a casos da doença no histórico familiar. Geralmente crianças hiperativas, que não param quietas, e que com frequência pedem para suas mães fazer massagem nas pernas antes de dormir podem estar sofrendo de SPI.
Diagnóstico e Tratamento da Síndrome
Não há um exame específico para diagnosticar a doença nos pacientes, mas através dos relatos dos sintomas é possível realizar o diagnóstico da doença, principalmente quando a casos na família. Exames de laboratório podem ser solicitados para descartar outras doenças do sono e exames de sangue podem ser necessários para ver a deficiência nos níveis de ferro.
O melhor tratamento para que sejam aliviados os sintomas deve ser recomendado por um médico especializado, e devem ser avalizados conforme cada caso em especial.
Para os casos em que a causa é uma deficiência de ferro, é recomendado o uso de remédios para normalizar este composto no sangue, e com isso o paciente irá melhorar dos sintomas.
Em alguns casos a SPI é causada por algum medicamento, e estes devem ser avaliados pelo médico sobre os efeitos colaterais.
Hábitos saudáveis, como uma alimentação balanceada, exercícios físicos, atividades manuais e ter um horário regular para ir dormir também podem ajudar na diminuição dos sintomas da Síndrome das Pernas Inquietas.
E se você apresenta alguns dos sintomas relatados procure seu médico e ele saberá como lhe orientar sobre o melhor tratamento para sua saúde.